Rui Rio branqueia consequências negativas de sete anos das suas políticas

A Coligação PSD/CDS comemorou ontem o seu 7º ano de gestão municipal. A referida cerimónia constituiu um esforço de branqueamento das políticas anti-democráticas, anti-sociais e de delapidação dos serviços e património municipal que, com particular gravidade, no actual mandato autárquico Rui Rio e a Coligação PSD/CDS têm concretizado.

O discurso proferido por Rui Rio foi carregado de demagogia e recheado de manipulações grosseiras dos factos. A sua intervenção foi mais um exemplo do seu estilo prepotente e da falta de projecto para a Cidade.

No actual mandato, a política da Coligação PSD/CDS caracteriza-se pelos seguintes traços fundamentais:

  1. Défice democrático inerente à tentativa de transformação de uma maioria absoluta (de mandatos, que não de votos) num poder absoluto em que apenas interessa a vontade da Coligação PSD/CDS e, sobretudo, do seu Presidente, com total desprezo pelas opiniões e propostas das forças da oposição, das forças vivas portuenses e dos interesses da própria Cidade e uma profunda aversão aos princípios democráticos e de contínua ofensa aos direitos, liberdades e garantias consagradas constitucionalmente;

  2. Promoção da concessão/privatização de serviços e equipamentos municipais, com desresponsabilização da Câmara por funções fundamentais, independentemente dos prejuízos que essas medidas tenham para a Cidade e para a sua População;

  3. Hostilização da generalidade dos trabalhadores municipais ao mesmo tempo que se contratam, a “peso de ouro” e por vezes sem justificação, alguns supostos quadros criando verdadeiros escândalos;

  4. A promoção da “política espectáculo” e de uma postura política elitista, com a beneficiação cada vez mais evidente dos grandes investidores em contraste com o desinteresse com os problemas das pessoas mais desfavorecidas da Cidade;

  5. Fracasso acentuado na implementação das políticas sociais que, no discurso, aparentam ser a principal prioridade e preocupação;

  6. Convergência com as políticas economicistas do Governo que, objectivamente, têm prejudicado o Porto e a sua População.

  7. Ineficácia na implementação das políticas municipais (grande parte das quais estão a ser praticadas há 7 anos), em simultâneo com a incapacidade de definição de uma visão e de um projecto de Cidade.

A Coligação PSD/CDS ao invés de enfrentar os problemas existentes na Cidade com medidas que melhorem os serviços públicos, dinamizem os equipamentos municipais, que valorizem o Património Histórico, elevem a vida artística e cultural e criem maior justiça social, tem, pela natureza das suas opções, contribuído para o seu agravamento.

A Coligação PSD/CDS desenvolve um paradigma de políticas que se encontram nos antípodas das medidas que o Porto necessita para se tornar uma cidade mais moderna, competitiva, justa e com um papel mais relevante no quadro nacional.

Para os Portuenses, para as forças vivas da Cidade e para o seu tecido económico, o balanço da gestão municipal da Coligação PSD/CDS é profundamente negativo.

Porto, 9 de Janeiro de 2009

A CDU/ Coligação Democrática Unitária – Cidade do Porto

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