Pressionado, Rui Moreira vê-se obrigado a discutir nos órgãos municipais a posição do município sobre o futuro do Coliseu do Porto

No passado dia 23 de Fevereiro, a CDU – Coligação Democrática Unitária da cidade do Porto, em Nota de Imprensa, manifestou publicamente o seu repúdio pelo facto de o Presidente da Câmara Municipal do Porto, num ato de profundo menosprezo pelos órgãos municipais (Câmara e Assembleia), anunciar a decisão de apoiar a concessão a privados do Coliseu do Porto na sequência de uma reunião do Conselho Municipal de Cultura.

E, não se conformando com essa situação, manifestava a intenção de, ao abrigo das disposições legais, assegurar que os órgãos municipais se pronunciassem sobre esta decisão, dada a importância do Coliseu na vida da cidade – posição já defendida pela vereadora Ilda Figueiredo na reunião da câmara de 10 de Fevereiro.

Nesse sentido, na reunião da Comissão de Apoio à Mesa da Assembleia Municipal que se realizou no passado dia 27 de Fevereiro, o representante do Grupo Municipal da CDU abordou a questão, tendo sido aprovado que os Grupos Municipais do PS, do PSD, da CDU, do BE e do PAN, ao abrigo da disposição legal que permite a um terço dos deputados municipais convocarem, potestativamente, uma sessão extraordinária da Assembleia Municipal, iriam formalizar o pedido de convocatória de uma sessão para “Analisar a situação do Coliseu do Porto” – pedido que foi formalizado no dia 28.

Entretanto, e conhecedor desta situação, o Senhor Presidente da Câmara fez também chegar à Vereação, no dia 28, um ofício em que lhes comunica a sua intenção de, na próxima reunião do Executivo, agendar um ponto para apreciação da posição a assumir pelo Município na Assembleia Geral da Associação de Amigos do Coliseu do Porto que irá analisar o futuro desta emblemática sala do Porto.

A CDU não pode deixar de considerar que esta decisão peca por tardia. E que apenas foi tomada face à denúncia pública efectuada pela CDU, bem como ao trabalho consequente que desenvolveu com vista a que esta decisão – tal como de outras de elevada importância para a vida da cidade e da sua população – seja tomada no seio dos órgãos democraticamente eleitos, permitindo que estes assumam as suas responsabilidades perante os seus eleitores – mecanismo fundamental da Democracia.

Porto, 29 de Fevereiro 2020

A CDU – Coligação Democrática Unitária da Cidade do Porto

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