Coligação Rui Moreira/CDS/PS bate recordes de privatizações e de baixo investimento

No dia 18 de Abril, em conferência de imprensa com a participação de Pedro Carvalho, Vereador, e de Artur Ribeiro e Honório Novo, membros da Assembleia Municipal do Porto, a CDU apresentou a análise às contas de 2016 da Câmara Municipal do Porto.

O relatório de gestão de 2016 da Câmara Municipal do Porto permite-nos fazer um balanço de mandato da coligação Rui Moreira/CDS/PS, tendo em conta a mensagem do próprio presidente incluída no relatório, assim como avaliar a execução do terceiro orçamento municipal que apresenta.

Da mensagem resulta claro um modelo de desenvolvimento da cidade dependente do turismo (“a crescer a dois dígitos há quatro anos”), mantendo-se em aspectos fundamentais a matriz «impressa» por Rui Rio e a anterior coligação PSD/CDS, com más opções estratégicas e anúncios de investimentos, que foram importantes bandeiras eleitorais, deixando a sua execução para um próximo mandato (“estando lançados”). É assim com a reabilitação do Mercado do Bolhão (a tal que se lançava num ano), com o Matadouro, com o Terminal Intermodal de Campanhã, com o Cinema Batalha e com a reabilitação do Pavilhão Rosa Mota (mantendo-se o modelo de concessão a privados). Não deixa de ser importante nesta mensagem as omissões. Como a situação do Bairro do Aleixo. A tão famigerada prioridade Campanhã, que parece esquecida na mensagem. A revisão do PDM, adiada para o próximo mandato. Até outras questões, como a expansão e reabilitação da Biblioteca Municipal.

As contas de 2016 mostram nova e claramente as opções de uma política municipal que continuou a acentuar a “austeridade”, continuando a poupar em vez de investir de forma significativa. Ao contrário do que é apregoado existia (e existe) a possibilidade de, com os recursos financeiros existentes, fazer mais e melhor no sentido de contrariar a situação económica e social e de avançar de forma cabal para a resolução dos problemas estruturais da cidade, que podiam melhorar as condições de vida da população, nomeadamente no Porto escondido das grandes avenidas e da propaganda institucional.

O Relatório de Gestão de 2016 confirma as denúncias da CDU quando da aprovação do Orçamento de 2016 pela atual coligação Rui Moreira/CDS/PS, de continuidade com as políticas que tinham vindo a ser seguidas anteriormente. As contas que, hoje, conhecemos, mostram claramente que existe margem para fazer uma política diferente e reforçar o investimento municipal.

É cada vez mais necessária uma ruptura com as políticas de direita que têm vindo a governar a cidade. Os portuenses sabem que podem contar com a CDU na defesa de uma política alternativa e na afirmação da alternativa política de esquerda, que utilize todos os recursos do município em prol do desenvolvimento económico e social da cidade.

Ler aqui o texto integral: Documento de Análise Contas CMP 2016

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