Rui Rio não cumpre os compromissos que assumiu com moradores de Campanhã

 

Em Março e Abril de 2004, Rui Rio e Vereadores da coligação PSD/CDS da Câmara Municipal do Porto multiplicaram-se em declarações públicas em que afirmavam que em 2005 estaria concluída a construção de um complexo de 30 habitações sociais na zona da Noeda, em Campanhã, projecto que foi apresentado publicamente numa reunião com moradores que se realizou no dia 25 de Março de 2004.

Essas habitações, que se destinavam preferencialmente aos moradores das Ruas Justino Teixeira e Monte da Estação que tiveram de ser desalojados por força das obras de construção do designado Interface de Campanhã, baseavam-se no projecto de dois jovens arquitectos (Nuno Abrantes e Benjamim Bancel).

Esse projecto, integralmente pago pelo Município (que despendeu para o efeito cerca de 200 mil euros de dinheiros públicos), fazia parte de uma intervenção mais alargada que pretendia requalificar uma zona da Cidade centrada em torno de um dos seus equipamentos mais importantes (o interface de Campanhã), que constitui porta de entrada (e de saída) diária para milhares de pessoas e que, efectivamente, designadamente nas suas traseiras, se apresenta totalmente desqualificada.

Com esta actuação, Rui Rio, para além de impedir a construção de mais 30 habitações sociais numa cidade tão carente nesta matéria (refira-se que Rui Rio também não cumpriu a promessa que ele próprio fez de serem construídas cerca de 40 habitações nas Virtudes, num terreno que agora cedeu à IMOLOC, no âmbito do acordo do Parque da Cidade) e a requalificação de uma importante zona da Cidade, impede a utilização das verbas disponibilizadas pela REFER no âmbito de um protocolo que tinha estabelecido com o Município e o Metro do Porto.

De facto, no âmbito desse Protocolo, a REFER comprometia-se a construir essas habitações (que se situavam em terrenos municipais), devendo o Município assegurar a construção dos arruamentos de acesso. Por outro lado, a REFER disponibilizava 500 mil euros para a reabilitação de edifícios da Rua do Freixo, de acordo com projecto a apresentar pela Câmara.

Ou seja, Rui Rio não cumpre os compromissos que assumiu, impede, com a sua actuação, a construção de habitação social (que permitiria realojar mais 30 famílias carenciadas) e a requalificação de um “pedaço” importante da Cidade e desperdiça as verbas disponibilizadas por uma entidade pública para o fazer!

Face a esta escandalosa situação, que tem merecido o silêncio cúmplice da Junta de Freguesia de Campanhã (PS), o Vereador da CDU, engº Rui Sá, que com outros eleitos da Ass. Municipal e da Ass. de Freguesia de Campanhã, se deslocou hoje à zona da Noeda para contactos com os moradores e para denunciar publicamente esta situação, irá abordar este assunto na próxima reunião da Câmara, que se realiza no dia 20 de Janeiro.

Porto, 18 de Janeiro de 2009

A CDU – Coligação Democrática Unitária da Cidade do Porto

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