Na Rua Nova da Estação (Campanhã) desalojados pela obra da Metro há seis anos em hotéis

No passado dia 9 de Novembro, o Vereador da CDU, Rui Sá, acompanhado de outros eleitos comunistas na Assembleia Municipal e na Freguesia de Campanhã, visitou o conjunto de habitações da Rua Nova da Estação que, após as obras do Metro realizadas em 2002, ficaram em risco de ruína e obrigaram ao realojamento provisório dos seus moradores em hóteis.
Em 2002, altura da derrocada das habitações, que levaram inclusive à ocupação de parte da Travessa Nova da Estação por traves de escoramento dos edifícios, subsistiam dúvidas sobre a origem do problema. Contudo, técnicos da Universidade de Aveiro e de uma empresa privada vieram a concluir que o problema resultou de obras do Metro, que taparam o escoamento de águas pluviais e de linhas de água existentes no sub-solo, provocando as derrocadas que afectaram as habitações.
No entanto, passados mais de seis anos sobre estes acontecimentos, a empresa Metro do Porto apesar de assumir a responsabilidade pelo sucedido continua inexplicavelmente a protelar a resolução deste problema e os moradores continuam sem poderem regressar às suas residências, alojados em condições provisórias mas que ameaçam eternizar-se. “É vergonhoso que ainda haja moradores a viver num hotel e outros a viver em casas da Câmara, enquanto continuam a pagar as rendas das casas que aqui têm e que estão abandonadas”, afirmou Rui Sá, após uma visita ao local.
A empresa do Metro assumiu o realojamento temporário dos afectados, mas ainda não reparou as casas, devido a uma “inércia vergonhosa”, no entender de Rui Sá, ainda por cima “com custos acrescidos para o erário público já que os alojamentos em hotéis são pagos pela empresa Metro do Porto”.
Nesta visita a Campanhã, o autarca da CDU visitou também casas afectadas pelas obras de ampliação da plataforma ferroviária local. “Há problemas para os moradores, com buracos, tapumes, situações de acumulação de águas pluviais, além dos estragos causados nas casas por força dessas obras”.
Rui Sá observou ainda “que a Câmara Municipal não se pode alhear deste caso, em particular porque o presidente da Câmara é também administrador do Metro”,, adiantando que na próxima reunião pública de Câmara irá colocar esta questão e exigir do presidente da autarquia o seu empenhamento na resolução urgente deste problema.

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