Rui Rio Utiliza Métodos “à João Jardim” na Reunião de Câmara

Perante a gravidade dos factos acontecidos na reunião do Executivo Municipal de 21 DE Outubro, a Direcção da Organização da Cidade do Porto do PCP torna públicas as seguintes considerações:

1. O pagamento de altas remunerações na Câmara do Porto a alguns contratados pela Coligação PSD/CDS é um facto indesmentível por Rui Rio;

2. Tal situação corresponde a uma opção politica de “2 pesos e 2 medidas”, com a hostilização da generalidade dos trabalhadores municipais e o pagamento “a peso de ouro” dos seus “homens de confiança”;

3. A denúncia pública desta situação pelos eleitos comunistas correspondeu a uma crítica directa ao Presidente de Câmara e à Coligação PSD/CDS. Os eleitos municipais da CDU esperam há cerca de 2 de anos pela resposta a requerimentos seus questionando esta opção! Quando por lei Rui Rio tem apenas 15 dias para responder aos requerimentos de Vereadores e Deputados Municipais, porque que é que, até agora, não respondeu aos àqueles que lhe foram apresentados pelos eleitos da CDU relativos a estes vencimentos?

4. Os eleitos da CDU exigiram em reuniões dos órgãos municipais explicações aos efectivos responsáveis – Presidente de Câmara e Vereadores da Coligação PSD/CDS – que sempre se recusaram a dar!

5. As diversas denúncias da política de pagamento de salários “principescos” pela Coligação PSD/CDS criaram um evidente embaraço público a Rui Rio, levando-o a procurar criar um expediente, não de esclarecimento da situação, mas de transformação do Executivo Municipal num “circo”, procurando vitimizar os que auferem rendimentos principescos e desculpabilizar aqueles que têm responsabilidade política pela fixação dos respectivos valores – em contradição com o que apregoam publicamente e com o “rigor” com que tratam os funcionários municipais, designadamente os mais desfavorecidos! O PCP compreende que Rui Rio já tenha a cabeça em “voos mais altos”, mas não aceitará que esse facto leve ao abastardamento do órgão Câmara Municipal do Porto, com o desvirtuamento das suas regras de funcionamento e/ou a imposição dos seus ditames. Como disse o Vereador Rui Sá, a Câmara Municipal do Porto não é a “Quinta do Rio”, nem o Porto é a Madeira, embora o comportamento de Rui Rio se assemelhe, cada vez mais, ao de Alberto João Jardim, como se demonstra por mais este acto de desrespeito pelos órgãos municipais.

6. O PCP apela à mobilização dos portuenses e das forças vivas da Cidade para a manifestação de indignação perante as concepções elitistas e retrógradas que dominam as políticas da Coligação PSD/CDS e reafirma a sua determinação em continuar firme e presente no combate por uma política verdadeiramente de esquerda para o Porto.

Porto, 22 de Outubro de 2008

A Direcção da Organização da Cidade do Porto do PCP

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