CDU exige que projecto de reconversão do antigo Matadouro, em Campanhã, não se atrase mais

Há cerca de 20 anos que o antigo Matadouro Industrial do Porto está desactivado e, apesar de inúmeras promessas, a sua reabilitação tarda em começar, o mesmo acontecendo a toda a zona, incluindo o jardim da Corujeira, as ruas adjacentes e até a ligação da zona à estação de metro do Dragão.

A CDU tem-se empenhado no avanço da reabilitação de toda a zona, insistido com várias propostas. Por isso, não se pode aceitar que o presidente da Câmara diga que não há plano B face à recusa de visto do Tribunal de Contas para o projecto de reabilitação que a Câmara Municipal pretendia realizar com uma empresa privada.

No imediato, e tendo em conta que a empresa municipal GO, que tratou do assunto, não teve capacidade de organização e resposta pronta e clara a todo o processo de reabilitação do antigo Matadouro, é fundamental que o presidente da Câmara Municipal se responsabilize directamente pelo processo e procure alternativas, designadamente:

  • estudar a possibilidade da Câmara Municipal do Porto assumir directamente a responsabilidade do projecto e a sua execução, tendo em conta que este projecto pode ser um equipamento âncora na reabilitação da zona oriental da cidade, baseado nos eixos da coesão social, da economia e da cultura, na defesa da sua memória histórica e natureza arquitetónica;

  • negociar com o governo a possibilidade de obter fundos comunitários para a execução do projecto e, se necessário, recorrer a um financiamento com encargos financeiros de valor idêntico ao que a autarquia se propunha pagar ao promotor privado;

  • dar absoluta prioridade a este processo e aproveitar para o integrar numa proposta mais vasta de reabilitação da Freguesia de Campanhã que há muitos anos não tem investimentos públicos significativos na sua reabilitação.

Entretanto, a CDU considera que é urgente e deve avançar já o estabelecimento de um percurso interno de caráter público que permita a circulação entre o acesso existente na Rua de São Roque da Lameira e a estação de Metro do Dragão e respectivo parque de estacionamento, atravessando o interior do edifício principal. Não se deve esperar mais . Este percurso deve permitir a circulação de peões e bicicletas, facilitando, no imediato, a vida dos moradores da zona que têm de percorrer um longo caminho entre aquela estação de metro e a zona baixa de de S. Roque da Lameira e da Corujeira.

Porto, 12 de Fevereiro de 2019

a CDU PORTO

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