CDU quer solução para o Museu da Indústria

Em conferência de imprensa, realizada no dia 13 de Outubro, a CDU questionou os planos da autarquia para o Museu da Indústria, destacando a necessidade de um investimento prioritário na instalação desta unidade museológica. A conferência de imprensa, onde participou o vereador da CDU na Câmara Municipal do Porto, foi realizada na zona industrial do Porto junto aos armazéns onde foi armazenado o acervo deste museu, após ter sido retirado apressadamente do edifícios das Moagens Harmonia no Freixo.

A CDU quer saber quais são os planos da Câmara do Porto para o Museu da Indústria, cujo espólio está fechado há cerca de 7 anos num armazém arrendado. A renda que a Câmara está a receber do grupo Pestana pelo edifício das Moagens Harmonia é de cinco mil euros enquanto que, relativamente à do armazém arrendado, a indicação que temos é que a renda a pagar se situa nos 9 mil euros”. O vereador da CDU Pedro Carvalho defendeu que “A Câmara tem de tomar uma iniciativa. Sem ela o processo não avançará. Queremos saber as intenções do executivo e vamos questioná-lo na próxima reunião de Câmara, na terça-feira. Não podemos ter um museu encerrado, com o espólio a degradar-se e com a Câmara a continuar a pagar a renda dum armazém”.

O vereador da CDU considera que a situação é “mais uma das fatídicas heranças deixadas por Rui Rio” defendendo ter chegado a altura Câmara Municipal do Porto definir uma solução. “O Museu deve ser um investimento prioritário. É uma memória viva da cidade que tem de ser preservada. A Câmara, nomeadamente o vereador da Cultura, tem de ter uma posição clara. O financiamento da recuperação do espólio seria inferior a 100 mil euros”, afirmou Pedro Carvalho. O problema do espaço para a instalação do museu também poderia ser resolvido uma vez que a Câmara tem vários imóveis.

A CDU lembrou que o Museu da Indústria foi instalado em 1997 na antiga fábrica das Moagens Harmonia, com a expectativa de “ter instalações definitivas até 2002”.
No entanto, a zona onde estava o espólio foi em 2005 entregue pelo executivo de Rui Rio ao grupo Pestana para instalação de uma pousada no Palácio do Freixo. Desde 2008 que o Museu está num armazém da rua Engenheiro Ferreira Dias. Em Novembro de 2010, a Câmara do Porto e a Associação Empresarial de Portugal (AEP), detentoras da Associação do Museu da Ciência e Indústria, anunciaram a extinção da entidade por falta de recursos financeiros. Posteriormente, em Abril de 2011, em resposta a um repto dos vereadores socialistas na autarquia para envolver a sociedade civil na busca por uma solução para o Museu, foi criada a Associação Promotora do Museu da Ciência e Indústria, mas que acabaria por suspender a actividade em 2012.

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