25.º edição do Passeio das Mulheres CDU: Festa e convívio fraterno

Largas centenas de pessoas, vindas de diferentes freguesias da cidade do Porto, mas também de Vila Nova de Gaia, Maia, Gondomar e Valongo, participaram, domingo, 5, na 25.ª edição do Passeio das Mulheres CDU, que se realizou em Porto Rei, no distrito de Viseu.

Ao longo dos seus 25 anos, o Passeio das Mulheres CDU soube adaptar-se às novas realidades e exigências, resistindo ao passar do tempo; de geração em geração, conquistou famílias e alargou-se a novos públicos, continuando a afirmar-se como uma grande iniciativa política de massas.

Foram muitos os que contribuíram para o sucesso desta iniciativa ao longo dos anos e na organização do Passeio ainda estão militantes que participaram nos seus primórdios.

É inegável que o Passeio das Mulheres CDU, ao longo destes 25 anos, pelas suas características de envolvimento, alargamento e popularidade, chegou a um conjunto largo de pessoas que de outro modo dificilmente teriam contacto com a Coligação PCP-PEV, com o seu projecto e as suas propostas, sendo certo que para muitos deles ainda hoje é o único momento durante o ano em que o tem.

Foram muitos aqueles que através desta iniciativa se aproximaram do PCP e da CDU e quebraram preconceitos, que num ano participaram como simpatizantes e no ano seguinte já vieram como militantes do PCP.

Neste passeio há lugar para todos e cada um vai com uma motivação diferente; é um passeio onde cabem os activistas e simpatizantes da CDU, os militantes e amigos do PCP, os amigos dos amigos destes, os que não têm partido e até aqueles que participam mais pela animação e pelo convívio. Embora o passeio tenha no seu nome uma origem mais ligada às mulheres da CDU, a verdade é que actualmente o passeio é muito mais alargado. É um passeio de mulheres, de homens, de jovens, de crianças, de todos aqueles que nele queiram participar. Embora a cada ano participe gente nova e seja verdade que pelas suas características é uma iniciativa que tem potencial para alargar, o legado do passeio é familiar e de tradição. É um passeio onde começaram a participar aqueles que foram pais, hoje são avós e trazem consigo os seus filhos e netos, um passeio de famílias que em muitos casos se conhecem de outras edições e que, ano após ano, se alargam, aumentam e trazem outros consigo.

É já uma tradição participar no passeio, que todos sabem de antemão que sempre se realiza no primeiro fim-de-semana de Julho. De ano para ano, a palavra espalha-se e é sobretudo através dela e de quem a passa, do «boca a boca», que a divulgação deste passeio se faz entre conhecidos, os de sempre, os que vão aparecendo e os que nunca vieram mas são convidados a vir, nas freguesias, nos bairros, nos cafés e nos locais de trabalho.

Para o povo

Este é portanto um passeio do povo e para o povo, uma iniciativa política única ao nível do Partido, assumida pela organização da Cidade do Porto, que envolve todos os anos pessoas de outros quadrantes políticos e sociais, num espírito de festa e convívio fraterno. Trata-se de uma iniciativa que pela dimensão, pelo conteúdo, pela animação, pelo convívio, pela agregação de tanta gente e de tanta gente diferente é, sem qualquer dúvida, uma das maiores iniciativas políticas realizadas ao nível do distrito do Porto, que já se tornou uma referência.

Reforçando laços de amizade e de camaradagem, iniciativas como esta são a prova da abertura do PCP a todos os que com ele queiram lutar por mais justiça e progresso social, sendo também uma oportunidade de esclarecer e mobilizar todos os que nos acompanham para a necessidade de se alargar a unidade de acção contra as políticas de direita no plano local e nacional.

Servir os interesses dos trabalhadores e do povo

Em 25 anos, muitos foram os locais escolhidos para a realização do Passeio das Mulheres CDU, nomeadamente Arcos de Valdevez, Vilar de Mouros, Vila Nova de Cerveira, Vila Pouca de Aguiar, Braga, Amarante, Esposende, Ponte da Barca, Coimbra, Cantanhede, Resende, entre outros. Este ano o destino foi Porto Rei e, como é hábito, o Passeio voltou a reflectir a fraternidade, a solidariedade e a alegria que é característica das iniciativas da CDU e de quem luta e exige uma política patriótica e de esquerda como sendo a única que serve os interesses do povo e dos trabalhadores.

Ao longo do dia, todos conviveram e se divertiram num passeio onde o sol brilhou o tempo todo. Nas diferentes mesas que se estendiam na relva ou na relva e nas pedras que já eram mesas e cadeiras, cada um, à sua maneira, ia dispondo a merenda, transformando todo o espaço num enorme banquete com todo o tipo de iguarias. E enquanto uns comiam, outros descansavam, enquanto uns nadavam na piscina, outros estendiam-se ao sol e outros procuravam a sombra, enquanto uns conviviam, de pé, à mesa ou sentados, outros dançavam ao som da música popular ou alinhavam os passos ao ritmo do espectáculo de zumba, que durante todo o dia animaram a iniciativa. Dos mais novos, aos mais velhos, em família ou em camaradagem, o terreno de terra batida e erva foi o palco de dança e da boa disposição.

O momento alto do passeio foi o comício que contou com a presença habitual do Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, recebido de forma calorosa, animada e enérgica pelos presentes, que este ano teve a seu lado Jorge Machado, primeiro candidato da CDU às eleições legislativas pelo círculo do Porto. No comício foram abordadas questões de política nacional mas também de política local, através da intervenção do vereador da CDU na Câmara Municipal do Porto, Pedro Carvalho.

Derrotar a política de direita

A Jerónimo de Sousa coube a intervenção de encerramento, tendo alertado para a proposta de cortes de 600 milhões nas pensões e reformas do PSD/CDS, mas também para as falsas promessas do PS, nomeadamente sobre a Segurança Social. Jerónimo mostrou-se confiante para as eleições legislativas que se avizinham no que toca à derrota do actual Governo PSD/CDS. Contudo alertou para a necessidade de derrotar não só os partidos de direita mas a política de direita, numa alusão directa ao PS.

Criticando a atitude do Governo português perante a situação na Grécia, o Secretário-geral do PCP afirmou que «a nossa solidariedade não vai para a União Europeia, vai para os trabalhadores e o povo grego, na defesa dos seus direitos a uma vida melhor».

Sobre a importância do voto e do apoio à CDU, Jerónimo lembrou que quem votou na Coligação PCP-PEV nas últimas eleições não foi enganado, nem traído, tendo ainda criticado os inúmeros casos, conhecidos e públicos, de corrupção e compadrio na política.

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