Casas Vazias no Bairro Santa Luzia custam à Câmara €3600 /ano

Esta constatação foi realizada no final de uma visita do Vereador da CDU, Rui Sá, com outros eleitos e activistas de Paranhos, ao Bairro de Santa Luzia, em Paranhos, que integra cinco torres cujas casas foram vendidas aos moradores na década de 90. Contudo, em cada um das torres a Câmara do Porto deixou por vender um apartamento T4 para poder alojar famílias numa situação de emergência. “A verdade é que ao longo destes anos já passamos por várias desgraças na cidade do Porto e os apartamentos continuam completamente vazios, sendo que a câmara tem de pagar por cada casa vazia cerca de 50 euros mensais de condomínio por cada uma, ou seja, um total de 300 euros por mês”, frisou.

Com a proximidade do Natal, Rui Sá classificou de “vergonhoso” que existam “centenas de famílias” a pedir habitações em todas as sessões públicas do executivo e a Câmara mantenha “dezenas de casas devolutas, que ainda por cima representam um custo”. “Temos aqui em Santa Luzia seis apartamentos e temos mais 44 casas devolutas no denominado PER das Fontainhas, que estão prontas desde o início deste ano e ainda não foram entregues”, disse. O vereador comunista tenciona denunciar verbalmente estas situações na próxima reunião do executivo. “Imagino que Rui Rio desconheça o que se passa com estas casas em Santa Luzia, mas em relação às Fontainhas não tenho dúvidas de que o que está a fazer é retardar a entrega das casas para o poder fazer mais próximo das eleições autárquicas”, afirmou Rui Sá. A visita de Rui Sá a “Santa Luzia” visou também denunciar o estado de degradação exterior e interior de algumas habitações daquele bairro, no que se refere, nomeadamente, a humidade.

O vereador da CDU na Câmara do Porto acusou hoje o presidente da autarquia, o social-democrata Rui Rio, de “ao fim de sete anos” ainda não ter “um controlo” sobre o património habitacional da Câmara. Rui Sá recordou que “há mais de um ano” foi aprovado por iniciativa da CDU uma proposta de apresentação, num prazo de 60 dias, da lista de todas as casas municipais. “Pedimos em Novembro de 2007 um ponto da situação sobre casas ocupadas, devolutas, o seu estado de conservação e sobre rendas. Passado mais de um ano a Câmara ainda não conseguiu apresentar esse ponto da situação”.

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