“Ilhas” de habitação exigem medidas enérgicas do Município

Uma delegação da CDU, composta pelo Vereador Rui Sá, por membros da Assembleia Municipal e da Assembleia de Freguesia de Campanhã, visitou no passado dia 24 de Julho, uma das muitas “ilhas” de habitação que ainda perduram no Porto. Desta feita, os eleitos da CDU contactaram com as cerca de 12 famílias que vivem no nº 248 da Rua Dr. Maurício Esteves Pereira Pinto, junto à entrada da antiga recolha da STCP de S. Roque, em Campanhã.

Durante a visita, os eleitos comunistas constataram a total ausência de condições de salubridade. Para Rui Sá “é inaceitável que ainda existam famílias no Porto, em pleno século XXI, a viver nestas condições, e que a Câmara não faça nada!”. Este autarca lembrou que, perante a inoperância do senhorio, a quem compete legalmente resolver estas situações, a Câmara pode proceder às obras necessárias, sendo ressarcida posteriormente por intermédio das rendas dos inquilinos, que nalgumas casos chegam aos 130/200€.

No caso desta “ilha”, para além das más condições das habitações, há ainda uma fossa a céu aberto, que é responsável por abundância de ratazanas, que chegam mesmo a entrar para as habitações e a incomodar as crianças que brincam no pátio, conforme denunciaram durante a vista vários moradores.

Os eleitos da CDU lembraram que o último estudo sobre as “ilhas” de habitação do Porto, datado do 2000, concluía que ainda existiam 15 mil pessoas a viver neste tipo de casas. Mais recentemente, durante o actual mandato, a CDU propôs a realização de um novo estudo. Perante esta proposta, a coligação municipal PSD/CDS votou contra, argumentando que havia uma comissão já no terreno a preparar trabalho sobre a matéria. Segundo sabe a CDU, esta comissão já foi extinta e trabalho nem vê-lo!

No final da iniciativa, o Vereador da CDU desabafava “de nada serve gastar milhões em alcatrão para as corridas da Boavista, quando há portuenses a viver nestas condições miseráveis”.

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