CDU realiza Jornadas Autárquicas no Porto
A CDU – Coligação Democrática Unitária realizou no passado dia 11 de Fevereiro, no edifício da Junta de Freguesia de Santo Ildefonso, as suas Jornadas Autárquicas na Cidade do Porto. Nesta iniciativa que reuniu largas dezenas de activistas da CDU no Porto, participaram os candidatos da CDU à presidência da Câmara e da Assembleia Municipal, respectivamente Ilda Figueiredo e Rui Sá, assim como o vereador eleito pela CDU, Pedro Carvalho. Participaram ainda os representantes dos partidos que integram a CDU, nomeadamente Mariana Silva, do Conselho Nacional do PEV, e Belmiro Magalhães, do CC do PCP.
Esta iniciativa permitiu um aprofundamento da análise e debate da situação económica e social da cidade do Porto. Foram abordados aspectos relacionados com a situação política local, nomeadamente os acontecimentos e opções políticas nos vários órgãos autárquicos. Pretendeu-se também proceder a uma prestação de contas do trabalho realizado pelos eleitos da CDU. Procedeu-se ao aprofundamento da análise sobre a realidade do Porto e para o apuramento de orientações de trabalho e propostas com vista à necessária mudança de políticas no plano local.
Nas cerca de duas dezenas de intervenções realizadas pelos eleitos e activistas da CDU no Porto traçou-se um diagnóstico aprofundado da situação social e política da cidade e abriram-se novas perspectivas para o reforço da intervenção da CDU na cidade. A actuação da actual maioria liderada por Rui Moreira e sustentada numa coligação PS, CDS-PP e parte do PSD não tem dado resposta aos muitos problemas reais e concretos que afectam os portuenses, apesar duma gigantesca máquina de propaganda da insistência em festas e eventos efémeros, mas com total ausência de investimento em obras estruturantes. Um dos exemplos mais expressivos é o caso da freguesia de Campanhã, abordado em algumas intervenções, onde hoje se constata que apesar dos sucessivos discursos sobre a prioridade de investimento na zona oriental da cidade, foram publicitados vários projectos e estudos prévios mas onde nenhum investimento concreto foi ainda feito, nem o será no futuro próximo.
O impacto do crescimento desregulado do fenómeno turístico, em particular na subida especulativa dos preços da habitação e a expulsão dos moradores do centro histórico para dar espaço ao alojamento turístico foi uma das preocupações centrais expressas em diversas intervenções, tendo sido exigidas políticas que regulem este fenómeno. Outras intervenções abordaram ainda problemáticas tão diversas como a necessidade duma política de combate à pobreza, as necessidades de habitação social ou a situação das várias freguesias do Porto e o impacto negativo da experiência das actuais uniões de freguesias. Também temas como a Cultura, a mobilidade e a privatização do estacionamento na cidade e a situação dos trabalhadores municipais ocuparam as intervenções dos participantes destas jornadas.
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